domingo, 16 de outubro de 2011

James Benjamin Franklin

The Attempt, acrílica e resina sobre tela, 40x45cm, 2006

O que dizer de um pintor que lista entre suas influências Richard Diebenkorn e Woody Allen? O resultado só poderia ser alguém como James Benjamin Franklin, com suas pinturas desconcertantes de tão diretas, tão cruas, tão coloridas, tão estranhas e tão familiares.

Ways and Means, acrílica e resina sobre tela, 107x83cm, 2009
The Appointment, acrílica e resina sobre tela, 30x33cm, 2004

Pouco sei sobre Franklin; apenas que ele nasceu em Tacoma, no estado de Washington, e decidiu virar artistas após uma visita escolar aos museus de Nova York - onde vive hoje, em Brooklyn. Suas imagens vez ou outra ilustram matérias em revistas americanas, e ele começou a expor em galerias pelo país em 2004. Sua última exposição individual foi em 2010, na galeria KRETS, em Malmö, na Suécia.

Prayer, acrílica e resina sobre tela, 38x35cm, 2006
Revealing What Remains, acrílica e resina sobre tela, 83x107cm, 2009

Franklin faz pinturas em tintas acrílica e vinílica e resina, em pequenos e médios formatos, com muitas áreas chapas em cores primárias e secundárias, e uma liberdade na representação de pessoas e ambientes que lembra o desprendimento de desenhos infantis. Mas não se enganem: tudo é concebido para transmitir exatamente esse sentimento de que falei acima -  diante de suas imagens, temos a incômoda sensação de nos percebermos em atitudes pequenas e mesquinhas, ou em nosso abandono em face do amor. É como se o artista nos dissesse: não merecemos a dramaticidade e a elegância de um Velásquez - nossa vida é pequena demais para isso.

The Fall, vinílica e resina em MDF, 15x12cm, 2006
Lovers, acrílica e resina sobre madeira, 17x12cm, 2003

Suas situações me lembram o trabalho de Mike Judge, o criador de Beavis & Butt-head e King of the Hill, com sua crítica ácida e bem-humorada à nossa sociedade. Se Mike Judge tivesse decidido pintar quadros ao invés de criar desenhos animados, talvez fizesse algo parecido com o trabalho de James Benjamin Franklin. Diante da forma como Franklin nos retrata, até o romantismo se revela algo ridículo.

Drifting, vinílica e resina sobre tela, 66x76cm, 2007
Half Off, acrílica e resina sobre tela, 40x45cm, 2006


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